JESUS CRISTO ESTÁ AQUI - Advento de 2015
Confesso que gostei desta histórinha. Ousem substituir a palavra "mosteiro" pela sigla "IECLB". Fica bom, bonito e interessante... Boa leitura!
Um velho eremita meditava em sua gruta. De repente, abriu os olhos e percebeu, sentado à sua frente, um visitante inesperado. Aquele visitante era um abade, o superior de uma ordem religiosa de um importante mosteiro.
- O que desejas? - perguntou-lhe o eremita.
Então o abade lhe contou uma triste história. Noutros tempos, no mosteiro ressoava o canto harmonioso dos monges. Mas, tempos ruins haviam chegado; o afluxo de jovens candidatos havia cessado e o templo estava silencioso. Só restavam uns poucos monges, que cumpriam rotineiramente e tristes as suas obrigações. O que o abade queria saber era o seguinte:
- Será que cometemos algum pecado para que o mosteiro esteja nessa situação?
- Sim, - respondeu o eremita - um pecado de ignorância.
- E que pecado pode ser esse?
- Um de vocês é o Messias disfarçado, e vocês o ignoram.
Dizendo isso, o eremita tornou a fechar os olhos e voltou à sua meditação. Durante o penoso trajeto de volta, o abade sentia como o seu coração se descontrolava ao pensar que o Messias, o próprio Messias estava morando no mosteiro!
Como é que ele não tinha sido capaz de reconhecê-lo? E quem poderia ser? Será que o irmão cozinheiro? O irmão artesão? O irmão administrador? Ou seria ele o irmão bibliotecário? Não! Ele não! Infelizmente tinha muitos defeitos...
Mas acontece que o eremita havia falado de um Messias “disfarçado”... Não seriam aqueles defeitos parte do seu disfarce? Pensando bem, todos no mosteiro tinham defeitos... E um deles tinha que ser o Messias!
Quando chegou ao mosteiro, reuniu os monges e lhes contou o que havia descoberto. Os monges se entreolhavam incrédulos.
- O Messias, aqui? É inacreditável! É claro que, se estava “disfarçado”... então, talvez... Poderia ser o...? Ou o...?
Uma coisa era certa: se o Messias estava ali, “disfarçado”, não era provável que o pudessem reconhecer. Por isso, todos começaram a tratar-se mutuamente com respeito e consideração. “Talvez seja ele...” - pensavam.
A consequência disso tudo foi que o mosteiro recobrou seu antigo ambiente de grande bem-estar. Logo voltaram a acorrer dezenas de candidatos, pedindo para ser admitidos na Ordem; e no templo tornou-se a ouvir o canto jubiloso dos monges, radiantes no espírito de Amor.
Pastor Renato Luiz Becker
25.11.2015